Relato apresenta o estudo da cultura afro-brasileira através da política de ação afirmativa, o Programa Antonieta de Barros (PAB), uma iniciativa multidisciplinar que reúne educação, trabalho e política na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC). O PAB homenageia a professora, jornalista, escritora, Antonieta de Barros, a primeira deputada negra do Brasil. (Mural em homenagem a Antonieta de Barros no Centro de Florianópolis — Foto: Gabriel Vanini/Divulgação G1)
Artigo de opinião analisa o posicionamento da modelo queniana Huddah Monroe quanto ao assassinato do jovem negro, George Floyd, nos Estados Unidos da América. (Modelo queniana Huddah Monroe (2020). Foto: Instagram/huddahthebosschick)
Pesquisadores discutem os efeitos coloniais da supremacia branca que funciona pela eliminação da cultura africana e dos seus descendentes na diáspora negra, destacando a intolerância religiosa e o currículo escolar.
Pesquisa analisa a formação continuada do corpo docente e o nível de inserção da temática História e Cultura Afro-Brasileira em um curso de Arquitetura e Urbanismo na UNIJUAZEIRO.
Pesquisadoras analisam os desafios do processo de aceitação do cabelo por estudantes negras a partir da transição capilar e como as vivências durante o evento contribuíram para a construção e/ou reconexão a ancestralidade negra.
Pesquisa investiga a aplicação da lei 10.639/03 em instituições de Educação Infantil e Ensino Fundamental da microrregião brejo-santense (CE) e encontram permanências de um fluxo contínuo de práticas eurocêntricas.
Pesquisadores da Universidade Regional do Cariri sinalizam a contação de histórias afroreferenciadas enquanto um caminho possível para o conhecimento da história e cultura africana e afrodescendente e a valorização da estética negra.
Ensaio aborda uma experiência epistêmica através de estudos e discussões apresentadas pela disciplina Pensamento Negro ofertada pelo Programa de Mestrado Profissional em Educação da URCA, ao proporcionar um olhar reflexivo-filosófico através de uma abordagem didática fundamentada por uma literatura afrocentrada.
Pesquisa empírica investiga e aponta as causas que estão por trás dos preconceitos que os homens vivenciam dentro do curso da Pedagogia.
Pesquisa bibliográfica analisa o percurso histórico do termo quilombo e a relação entre território, identidade e etnicidade no processo de reconhecimento dessas comunidades.
“A construção de uma história eurocêntrica dentro dos Museus, foi aos poucos sendo desconstruída a partir da introdução das narrativas e memórias negras nas coleções e criação de novos espaços de ressignificação de olhares. Podemos citar alguns Museus que são referências em preservar a História e a Memória da população negra: Apartheid Museum (África do Sul) que tem como principal objetivo mostrar o quão discriminatório foi o regime de segregação racial. District Six Museum conta uma história de racismo, segregação e violência que acorreu em 1968 no bairro de Cape Town, na África do Sul. […] o International Slavery Museum (Inglaterra) que tem como enfoque o comércio transatlântico de escravizados, culturas africanas e analisa os aspectos da escravidão histórica e contemporânea. […] a seguir, alguns Museus Brasileiros que tem como foco disseminar o conhecimento e resgatar nossas raízes, memórias e histórias. ”
“O passeio pela vivência carnavalesca dos brincantes nos foliões, possibilitou ressignificar as histórias de vidas, mergulhar em uma prática reflexiva de todo o povo maracatuzeiro, permitiu adentrar espaços sagrados e vivenciar momentos das memórias daqueles que narram”.
“Este estudo brota do encontro de três campos marginais: a Capoeira, a Educação Física e a luta antirracista, e reflete um pouco de um projeto político-pedagógico engajado e militante, produzido por um capoeira e professor de rede pública, que se potencializa enquanto pesquisa contínua que visa a uma reeducação das relações étnico-raciais, através da Capoeira”.
O trabalho tem como objetivo central relatar vivências e experiências a partir da prática da Capoeira nas aulas de Educação Física, dialogando e apresentando os conflitos existentes.
Xilogravura Zenon. Fonte: Itaú Cultural
“[…] as idas as escolas e as vivências vislumbraram possibilidades do maracatu ser utilizado como instrumento de educação, capaz de promover a educação para as relações étnico-raciais com responsabilidade […]”
“O que significa ser negro em uma cidade que nos nega, mas que tem em seu cotidiano paisagens sonoras dos batuques? O que cada composição das letras nos revela?”
Xilogravura: Ateliê Airton Marinho.
“Esse texto procura tratar do processo de instauração de espaço-tempo de experiências formativas para as relações étnico-raciais na formação em docente em Teatro pelo Coletivo Artístico Saravá, cujo sul é iniciado pelas perspectivas girantes das saias do Jongo. […] É apresentada panoramicamente sua trajetória inicial e o papel da saia na construção da identidade do coletivo em seu processo de buscas por referências estético-corporais afrodiaspóricas”.
“Este texto apresenta o relato de experiência pedagógica que consistiu na realização de oficinas de danças brasileiras, entre elas o Maracatu, junto às/aos estudantes do curso de Pedagogia”.
“[…] Por se tratar de uma prática cultural que faz parte do cotidiano da comunidade oeirense, desenvolveu-se uma intervenção pedagógica visando ao letramento de alunos da Educação Básica com base em textos da cultura popular, selecionando-se a narrativa dramática dos Congos de Oeiras como foco.”
“O Tambor de Crioula do Maranhão é uma forma de expressão de matriz afro-brasileira que tem como elementos fundamentais a dança circular, o canto e percussão de tambores. Também conhecido como Punga, é uma dança praticada em louvor à São Benedito”.
“O Ticumbi é uma dança encontrada no Espírito Santo há mais de 200 anos. É localizado, mais especificamente, em uma cidade no extremo norte do estado chamada Conceição da Barra. A cada ano uma temática é eleita sendo representada em seus cânticos, bailados e evoluções coreografadas”.
“O Samba de roda do Recôncavo Baiano se tornou patrimônio cultural imaterial brasileiro em 5 de outubro de 2004. Reunindo música, coreografia, poesia e festa configura uma das mais importantes e significativas expressões culturais brasileira, influenciando o samba do Rio de Janeiro e o nacional de forma geral”.
“O tambor de Crioula do Maranhão é uma forma de expressão de matriz afro-brasileira que tem como elementos fundamentais a dança circular, o canto e percussão de tambores. Também conhecido como Punga, é uma dança praticada em louvor à São Benedito”.
“O Maracatu Nação, ou Maracatu de Baque Virado é um tipo de maracatu e é um dos mais antigos ritmos afro-brasileiros. Configura um ritmo musical, uma dança e um ritual de sincretismo religioso originado no estado de Pernambuco”.
“O Carimbó, Pau e Corda, samba de roda do Marajó ou Baião típico de Marajó é um ritmo musical da região amazônica que configura um Patrimônio Imaterial do Brasil, registrado em 2014 pelo Iphan. Presente, sobretudo, no estado do Pará, tem em seu DNA a presença da mistura entre culturas indígenas e a cultura negra”.
“[…] Valorizando sempre a sabedorias dos mais velhos, me vejo “Ana Cruz” em seus guardados da memória ou buscando visibilidade na nossa fala no ativismo de Beatriz Nascimento vou fazendo reflexões do “existir” nas escrevivências de “Conceição Evaristo” […]”.
“[…] O quintal da minha casa tem a visão de todo o rio da Aldeia Velha. Então, enquanto estendo as roupas no varal, espreito, com olhar saudoso de infância vivida por entre rios, riachos e lagoas. As lembranças escorrem pelos cantos dos olhos e, algumas vezes, misturam-se com a água que escapa das roupas espremidas […]”
“[…] A partir do momento em que foi promulgada a Lei 10.639/03, a herança cultural e histórica da África passou a compor, em tese, o currículo básico escolar brasileiro, mas não pisou efetivamente em nossas salas de aula, […]”
“[…] A sua narrativa é forte com riquezas de detalhes e convida para uma reflexão profunda sobre a História de Moçambique […]”
“Funcionando como contradiscurso literário e histórico, as escrevivências de Conceição Evaristo deslocam a literatura e a historiografia hegemônicas, constituindo-se como importante ferramenta de legitimação de vozes historicamente abafadas.”
Plano de aula traz um aprofundamento na obra poética de Noêmia de Sousa.
“[…] interessa pensar, ainda, na abertura que a memória abre para a metalinguagem, considerando Ponciá enquanto metáfora da Literatura Afro-brasileira, evocando uma memória-identidade […]”
“[…] esse território abriga uma riqueza natural extensa e resistente, além de um povo batalhador que desenvolveu uma conexão transcendental com a natureza e seus ciclos. Apesar disso essa fortaleza de saberes, tradições e recursos naturais está frequentemente ameaçada pelos diversos empreendimentos agropecuários e comerciais que estão ocupando a região”.
“[…] esse território abriga uma riqueza natural extensa e resistente, além de um povo batalhador que desenvolveu uma conexão transcendental com a natureza e seus ciclos. Apesar disso essa fortaleza de saberes, tradições e recursos naturais está frequentemente ameaçada pelos diversos empreendimentos agropecuários e comerciais que estão ocupando a região”.
“[…] buscou-se refletir sobre as protagonistas desse quilombo e os papéis por elas desempenhados no âmbito organizacional no viés cultural, religioso, festivo, da juventude quilombola, dentre outros no que tange à luta pelo território e pela preservação de seus saberes e tradições”.
“[…] meu objetivo foi apresentar um par de ideias sobre como o museu pode contribuir na luta antirracista tendo como foco de análise a exposição Simbólico Sagrado – Mestre Didi e Rubem Valentim e suas possibilidades de ações educativas antirracistas”.
“Em razão da popularização e acessibilidade da internet, grupos minoritários perceberam uma possibilidade de ocuparem e usarem esses espaços como ferramenta de reivindicação e protagonismo”.
“[…] racismo estrutural é marcado pela ausência da população negra no centro histórico […] Estes monumentos são os símbolos culturais da cidade e são de extrema importância, principalmente no âmbito cultural, por exemplo, o Antigo Pontal é formado por fazendas, quilombos, igrejas, praças, casarões e castelos, esses são apenas alguns exemplos de sítios no qual se constitui o Pontal.”
“[…] Foram discutidas políticas públicas para negros, por exemplo as discussões sobre as cotas e demarcações de territórios quilombolas, juntamente com as dificuldades de autoafirmação entre a juventude negra, as dificuldades que jovens negros e quilombolas possuem para se manter nas universidades […]”
A dilemática saga do ensino de África e das relações étnico-raciais em Geografia.
“O grupo originou-se a partir de conversas de um grupo de estudantes ligados a UFT/Campus de Porto Nacional – TO, militantes dos movimentos sociais e ativistas culturais. […] Aos 26 anos de existência, o GRUCONTO tem como prioridade oferecer suporte às escolas de Porto Nacional e municípios […]”
“Chimamanda intenciona romper com o silêncio, denunciar a passividade, o esquecimento e a alienação. Ela tenta desconstruir a imagem do africano estereotipado, alimentada pela mídia e passiva de piedade.”
“A escrita de Carolina mostra sua força e sua história de diáspora feminina e como isso constituiu os processos de construção de sua própria identidade. Carolina criou uma escrita revolucionária!”
“Assim, na prosa de Chiziane, histórias reais ou não, ganham a ficcionalidade necessária para produzir efeitos estéticos. Os legados narrativos da ancestralidade desabrocham em uma nova forma de se contar o velho.”
“Poetas moçambicanos como Noémia de Sousa e José Caveirinha são alguns dos principais nomes da luta contra a colonização e o imperialismo; e da valorização das pessoas negras e da África.”
“[…] a literatura brasileira teve um papel fundamental para a formação da literatura – em destaque a moçambicana – ao despertar nos intelectuais africanos sentimentos de semelhança no conteúdo dos versos e admiração à forma de se escrever.”
“A literatura de Carolina Maria de Jesus é forte, singular, símbolo de resistência, ou melhor, é a própria resistência vestida de identidade e realidade por meio das palavras.”
“[…] a literatura de Odete Costa Semedo não só nos traz uma história da África por tantos anos silenciada como também promove uma reflexão sobre ancestralidade, identidade e resistência.”
“[…] Pepetela revaloriza as diferenças culturais como requisito para a convivência entre os doze personagens da trama.”
“[…] a escrita da mineira Conceição Evaristo aparece como um instrumento de denúncia. A escritora entende esse ato como “forma de vingança, meio de ferir o silêncio imposto” e consequentemente denunciar a restrição de direitos que ainda assolam os povos negros e periféricos.”
“Investir em espaços culturais e educativos nesse âmbito seria fundamental para educar e conscientizar a todos, além de oferecer representatividade e voz à população negra.”
“[…] as literaturas africanas de língua portuguesa participam da tendência – quase um projeto – de investigar a apreensão e a tematização do espaço colonial e pós-colonial e regenerar-se a partir dessa originária e contínua representação.”
“A poesia de White se encontra em um outro momento da literatura moçambicana, de modo a apresentar outros temas e formas, que não as da fase nacionalista e engajada de José Craveirinha e de Noémia de Souza.”
“Produzindo uma literatura real e feminista de extrema importância social, Evaristo luta pelo fim da desigualdade de classe, gênero, cor e em suas memórias apresentam uma forma de resistência […]”
“[…] Chiziane abre espaço para se pensar na construção de uma nova sociedade, menos desigual, mais solidária. Usa-se a literatura para um enfrentamento político contra a estrutura de poder constituída.”
“A poesia de White se encontra em um outro momento da literatura moçambicana, de modo a apresentar outros temas e formas, que não as da fase nacionalista e engajada de José Craveirinha e de Noémia de Souza.”
“A literatura negra na escola oportuniza uma perspectiva dialógica de ensino de leitura, pois, além de ser uma atividade democrática, discentes e professores podem colocar em pauta observações e apontamentos embasados em suas escrevivências. Esse é um trabalho interventivo e colaborativo, porque ocorre a partir das percepções de alunos e professores refletindo em conjunto sobre os textos lidos e as particularidades do dia a dia de sujeitos não hegemônicos – muitas vezes minimizadas ou excluídas”.
“Após 17 anos da aprovação da lei 10.639/2003 muito já foi discutido e a prática pedagógica vem sendo impactada com ações que buscam implementar a referida lei, porém, a formação de professores ainda tem a necessidade de um olhar crítico acerca da inserção de temáticas condizentes com a proposta da lei para o processo formativo dos professores”.
“A utilização da ficção como arma de resgate de memória e consequente formação do imaginário da identidade nacional, foi um aspecto grandemente disseminado na obra de Lilia Momplé”.
“[…] agora na contemporaneidade essas vozes têm ecoado para além do universo das letras e propagando narrativas e escrevivências daqueles que foram ignorados, desde o período da colonização, pela voz daqueles que ditaram a história do Brasil: o homem branco.”
“O sentimento quilombola é diverso, portanto, não há um grupo quilombola que tenha suas manifestações culturais iguais a outros grupos. A resposta caminha para a compreensão de que o jeito que os indivíduos traduzem suas memórias naquele território é único e exclusivo”
“A maternidade em Conceição Evaristo torna o enunciado concreto, pois a figura da mãe-mulher ali presente é verossímil: narrativas, mesmo que fictícias, dialogam com as realidades de muitas mulheres negras […]”
“O povo moçambicano, que é constituído por mais ou menos vinte e quatro grupos etnolinguísticos, durante a guerra são fragmentados e isolados, provocando graves conflitos de identidade. Num país arrasado, as personagens de seus romances procuram perfazer caminho de busca e pertencimento na construção da nação”.
“Os Munduruku se encontram na região norte (Pará e Amazônia) e Centro-Oeste (Mato-Grosso). Ao que se refere a estrutura da sociedade munduruku “a descendência é patrilinear, isto é, os filhos herdam o clã do pai, sendo que a regra de moradia é matrilocal […]”
“A maternidade em Conceição Evaristo torna o enunciado concreto, pois a figura da mãe-mulher ali presente é verossímil: narrativas, mesmo que fictícias, dialogam com as realidades de muitas mulheres negras […]”
“Sem a titulação muitas atividades de geração de renda ficam comprometidas e as comunidades são sumariamente atacadas por fazendeiros e grileiros da região que adentram em seus territórios desrespeitando e ameaçando seu espaço e seu modo de vida”.
“Pensar no devir negro é se propor a infletir nas múltiplas formas de existência que se dá a população negra. Tal afirmação entra em choque quando encontra com outros enunciados que afirmam numa existência engessada do ser negro.”
“Após 17 anos da aprovação da lei 10.639/2003 muito já foi discutido e a prática pedagógica vem sendo impactada com ações que buscam implementar a referida lei, porém, a formação de professores ainda necessidade de um olhar crítico acerca da inserção de temáticas condizentes com a proposta da lei para o processo formativo dos professores”.
“A escrita de Bernardo Honwana rechaça o etnocentrismo europeu, que acabou escondendo as manifestações culturais locais dando lugar à cultura do colonizador e procura abrir um caminho entre seus leitores que crie uma consciência crítica sobre a situação política do país […]”
“A poeta inaugura uma nova possibilidade de voz poética da mulher em Cabo Verde, já que antes restava ao feminino a espera por “seus homens”, pais, maridos, irmãos, a autora consegue se apropriar de um elemento bem familiar aos homens cabo verdiano, o mar. A autora tem uma escrita libertária, utiliza-se do erotismo […]”
“O processo de escrita de Mukasonga, […] funciona como uma espécie de véu simbólico, que encerra e guarda a memória. Outro aspecto importante sobre a inscrição de Mukasonga nesse sistema, é a maneira como ela ressignifica a figura griô, ao criar um processo narrativo de conservação da memória da família tutsi […]”
“[…] esse índio genérico não existe de fato, ele está apenas no imaginário. Ele não pertence a nenhuma etnia e não possui cultura e costumes próprios, não tem tradição, não tem história, é apenas um reflexo do que a sociedade erroneamente acredita ser um índio”.
“O diretor não deixou de ter importância, de ter voz, porém não é só a sua voz que é ouvida, numa gestão democrática, professores, alunos, funcionários, país e comunidade são ouvidos e juntos eles decidem o que é melhor para a escola”.
“[…] o curso está me ajudando a compreender melhor a questão do “negro” e consequentemente do “quilombo”, acalmando uma inquietação antiga: “quais as minhas origens como negro” e qual impacto tenho gerado na história da humanidade.
“Quais prática pedagógicas podem ser desenvolvidas em sala de aula que valorize essa nossa diversidade e que insira o negro africano à uma condição de sujeitos agentes na formação da nossa cultura étnica-racial?”
“A lógica de sociedade ocidental do colonizador difere da compreensão de comunidade, coletividade das sociedades africanas, como os ensinamentos dos mais velhos, onde a oralidade e memória exercem uma lógica ancestral de valores, de comunidade, de respeito ao sagrado, da criação do mundo”.
“[…] é necessário criar estratégias para potencializar as políticas de inclusão, bem como as formações a partir do lugar de fala, a partir da escuta ativa desses grupos que foram silenciados em detrimento de um currículo organizados nos padrões ocidentais”.
“Os gestores escolares têm um papel imprescindível na luta antirracista no atual contexto brasileiro. A escola se apresenta como um espaço privilegiado de diálogo, de aprendizado, de ensinamentos, de ressignificação de conceitos pré-concebidos […]”
“[…] É preciso utilizar o ambiente escolar como um espaço que trabalha a igualdade dentro das diferenças, ou seja, é importante é reconhecer e valorizar as diferenças”.
“[…] Noronha seria um herdeiro do terceiro romantismo português que, contudo, pela apropriação que fez de temas e imagens, representa as primeiras manifestações de uma moçambicanidade”.
“Apesar da gestão escolar democrática estar regulamentada há mais de 30 anos, ela ainda circula como uma novidade nos ambientes escolares, essa gestão democrática vem sendo galgada bem lentamente”.
“[…] os olhares diferenciados para as comunidades quilombolas, se faz imprescindível de tal forma podendo enaltecer a Educação Escolar Quilombola, que se constitui numa ação afirmativa desconstruindo o amuleto das injustiças históricas, de intervir e dissolver as marcas colonizadoras imbricadas nos saberes escolares […]”
“[…] todo gestor/a das escolas em comunidades quilombolas deve-se perguntar e procurar as respostas. O que é histórica e culturalmente esta ou tal comunidade na qual gestiono? O que é quilombo? Qual é agenda deste povo? Qual tipo de educação quer?”
“A invasão dos policiais nas favelas tendo como o pretexto o combate à criminalidade, mas sempre uma pessoa morrendo com bala “perdida” (na verdade com o alvo já designado) é uma forma de racismo sutil”.
“[…] vem se construindo junto com instituições como universidade e ong’s uma nova possibilidade de resistência e sobrevivência através do Projeto do Turismo Comunitário, que visa principalmente mapear a comunidade, todas as experiências dos quilombolas nos seus quintais produtivos e assim favorecer as visitações do público de forma mais humanitária que preserve a natureza e incentive os que dela vivem”.
“O problema para alimentação escolar quilombola exige ser pensado dentro da essência deste povo. O que é este povo historicamente, o que gosta de comer e como gosta de ser, e o que quer, como organizam suas comunidades, vivem a partir do quê?”
“ Refletir sobre a invisibilidade e vulnerabilidade social da juventude negra é pensar numa estrutura racial que produz Epistemicídio e genocídio. Surge então uma pergunta: “Aonde reside esta estrutura?” O Brasil tem como ontologia da formação o racismo, portanto, as instituições desenvolvidas perpassarão pelo perfilamento racial. Escolas, postos de saúde, saneamento básico, enfim, todas estas instituições que encontramos no dia a dia promovidas pelo Estado.”
“ Rap, Funk e Samba, produções afro diaspóricas que permeiam o saber negro e está integrado nas realidades da juventude negra brasileira. Tal produção, por exemplo, que age na forma de musicalidade tem todo um contexto construído a fim de expressar a resistência da população negra que foi subalternizada. Todo saber que se transmite através das relações sociais é uma prática pedagógica.”
“[…] a literatura atual está voltada para a questão de “consciência” da história coletiva, do sentimento de pertencimento, respeitando as singularidades identitárias e culturais de cada grupo étnico […]”
A REVISTA ÁFRICA E AFRICANIDADES desde maio de 2008 vem preenchendo destacado espaço na vida cultural e acadêmica brasileira, pois é um dos poucos periódicos nacionais inteiramente dedicado a temas africanos, afro-brasileiros e afro-latinos que agrega conteúdos acadêmicos, de informação, entretenimento e subsídios para a prática pedagógica e pesquisas escolares da educação básica. Saiba mais.
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